Zimburayama é um teste que o Projeto Manual do Jornalista Digital está fazendo com o objetivo de identificar como conteúdos em diferentes plataformas estão sendo lidos e indexados pela busca natural (não paga) do Google.
A motivação do experimento veio do fato de que sites de redes sociais têm lançado plataformas de conteúdo semelhantes a blogs, como um incremento estratégico de comunicação nessas mídias e, obviamente, numa tentativa de disponibilizar recursos atrativos para um melhor posicionamento de negócio frente à concorrência.
Para começar o teste, selecionei novas plataformas de dois sites de redes sociais:
- Facebook Notes: https://www.facebook.com/notes/
- LinkedIn Pulse: https://www.linkedin.com/pulse/
Vou publicar este mesmo artigo no blog do Projeto Manual do Jornalista Digital (em plataforma WordPress), no Facebook Notes e no LinkedIn Pulse.
Irei comparar o processo de indexação no Google e medir os resultados. À medida que os dados forem sendo validados, irei atualizar este post no tópico Resultados, mais abaixo do texto.
Para poder testar a indexação sem interferência de outros conteúdos, precisei inventar uma palavra-chave que não existisse na busca do Google. Pensei em várias e cheguei à decisão de escolher Zimburayama. Tinha que ser uma palavra que não fosse tão estranha, mas que não existisse. E essa até que é legal. Bem que poderia existir. 😛
O Facebook, por exemplo, com frequência tem lançado ferramentas que tentam fazer do canal uma mídia cada vez mais completa e independente, como o Instant Articles, o Signal e o Mentions. Saiba mais no artigo Facebook lança Signal, plataforma de curadoria de conteúdo para jornalistas. E isso gera reflexões acerca de como esses lançamentos irão afetar nosso planejamento estratégico de produção de conteúdo.
Estratégia de Conteúdo
Vejo dois problemas principais a serem analisados, antes de pensarmos em atualizar a estratégia de conteúdo de nossos projetos ou de clientes que atendemos.
Encontrabilidade
O conteúdo publicado nativamente em plataformas de sites de redes sociais vai indexar e ranquear no Google para palavras-chave com potencial de conversão? Ou seja, esse conteúdo vai ser encontrado nos mecanismos de busca externos às plataformas quando nosso público-alvo procurar por ele?
Essa questão é muito importante, pois conteúdo otimizado publicado em plataformas como WordPress, e outros editores de texto, reconhecidamente têm um alto potencial de indexação no Google. Saiba mais sobre o tema no artigo Como escrever textos ideais para blogs.
Digo isso porque a busca natural (não paga) do Google corresponde a uma fatia considerável, em muitos casos a mais de 50%, das visitas a sites de projetos nos quais atuo. Ou seja, o Google é uma origem de tráfego fundamental para o sucesso de um projeto.
Arquivamento
Além da questão de encontrabilidade, o arquivamento do conteúdo é outro ponto importante sobre o qual refletir. Os sites de redes sociais têm um importante papel estratégico de segmentação de público-alvo, bem como de ações específicas para consumo de conteúdo e relacionamento com o público-alvo.
Porém, até que ponto é válido utilizarmos um canal específico como plataforma exclusiva de conteúdo? No caso do Facebook Notes e do LinkedIn Pulse, como os utilizar, já que sua proposta, teoricamente, seria substituir a necessidade de um blog?
Até porque, em nosso blog, ou de nossos clientes, temos controle praticamente total sobre o arquivamento de conteúdo, em uma hospedagem de confiança, ou em algum banco de dados de preferência, inclusive na nuvem. Já no Facebook e no LinkedIn ficamos dependentes de suas plataformas.
Resultados
Assim que forem surgindo novos dados, irei atualizar aqui as vantagens e desvantagens observadas em cada plataforma.
Atualização 1: links das publicações além desta.
Obs.: todos os posts foram publicados simultaneamente na sexta-feira, dia 22/04/2016.
Atualização 2: indexação do post no blog em WordPress.
Antes das publicações, pesquisei no Google para me certificar de que a palavra-chave realmente não existia.
Menos de uma hora depois das publicações, o post no blog em WordPress já estava indexado na busca do Google. Obs.: as buscas foram feitas em navegação anônima, para evitar personalização de resultados.
Facebook Mentions e LinkedIn Pulse ainda não indexaram na busca do Google.
Atualização 3: continuidade da verificação de indexação do post no blog em WordPress.
No mesmo dia da publicação do artigo, o post no blog em WordPress já estava indexado na busca do Bing, além do Google.
Facebook Mentions e LinkedIn Pulse ainda não indexaram na busca do Google e, provavelmente, não irão indexar. E, até o momento, os posts nativos de cada mídia não estão acessíveis nem via busca das próprias redes sociais.
Atualização 4: indexação do post no LinkedIn Pulse.
Após quase um mês da publicação do artigo, o post no LinkedIn Pulse indexou abaixo do post no blog em WordPress. Antes disso, imagens do post indexaram na busca do Google Imagens.
Facebook Mentions ainda não indexou na busca do Google e, provavelmente, não irá indexar.
Conclusão
No artigo Como aumentar sua audiência e ter mais visitantes qualificados em seu blog, mostrei como uso diferentes técnicas e canais para divulgar o conteúdo que produzo, bem como de meus clientes. O ideal é termos mídias próprias adequadas a cada tipo de objetivo e utilizar sites de redes sociais como parte integrante do processo de divulgação, apoiado por suas características diferenciais.
Dependendo da verba de projetos específicos, quando não é viável criar um site ou um blog, é bom saber que há alternativas, como as mídias testadas neste experimento, mas é preciso lembrar que elas não vão gerar visitas pela busca não paga do Google e você, ou seu cliente, não terão domínio sobre o arquivamento do conteúdo.
Você tem publicado conteúdo específico para as novas plataformas Facebook Notes e LinkedIn Pulse? Adoraria saber sua opinião sobre essas experiências.
Se você gostou do artigo, utilize os botões abaixo e compartilhe com seus amigos nas redes sociais!
E caso tenha alguma dúvida, não deixe de entrar em contato. Um abraço e até a próxima! 😀
2 Comentários para "O que é Zimburayama? [Teste de indexação]"
Eu já usei o Pulse, mas confesso que o Facebook Notes eu nem tinha ouvido falar! Normalmente uso mídias próprias dos clientes para a publicação de matérias e artigos. O Pulse usamos como complemento.
Agradeço o comentário, Caroline! 🙂