Olá! Seja bem-vindo ao projeto Manual do Jornalista Digital!
Neste artigo irei compartilhar as principais tendências do Jornalismo Digital para 2024!
Acredito que você irá se surpreender com algumas delas. Boa leitura!

Caso queira pular para algum tópico específico, basta clicar nos respectivos links do índice.
- Inteligência Artificial
- Google News Iniciative
- Meta Journalism Project
- O Novo Inbound Marketing
- Jornalismo de Dados
- SEO (Search Engine Optimization)
- Google Trends
- Semrush
- Artigos no LinkedIn
- SMO (Social Media Optimization)
- TikTok
- Podcasts
- YouTube Shorts
- Grupos de Conteúdo
- Perfil Empreendedor
Por que escolhi estes temas?
Tenho percebido ao longo da minha carreira que o Jornalismo passa por fases conturbadas há muitos anos. Os problemas foram se agravando tanto, que conheço muitos profissionais cuja maior preocupação é simplesmente manter a empregabilidade. Isso é muito ruim, pois esse pensamento vai se tornando fruto de um desejo por estabilidade que acaba sendo maior que a vontade de crescer profissionalmente e evoluir no mercado de trabalho.
Já vivenciamos uma onda de demissões em massa que parece não ter fim, modelos de negócio do Jornalismo tradicional (TV, rádio e mídia impressa) se enfraquecendo, empresas de comunicação reduzindo porte ou fechando as portas, violência contra profissionais que fazem cobertura de rua, entre outros fatos.
Além disso tudo, ainda há uma leva de estudantes se formando a cada semestre, o que faz com que muita gente entre em um mercado de trabalho já saturado e resulta em uma distância cada vez maior entre oferta de emprego e profissionais disponíveis, o que é muito problemático.
Por outro lado, as agências digitais estão crescendo a cada ano, além do boom durante a pandemia, e essas empresas precisam de profissionais qualificados para produção de conteúdo, entre outras funções que um jornalista pode desempenhar com assertividade.
Pra você ter uma ideia da dimensão de investimento em publicidade digital no Brasil, de janeiro a junho de 2023 houve um crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, com movimentação de R$ 16,4 bilhões, segundo a pesquisa Digital AdSpend 2023 H1, desenvolvida pelo IAB Brasil em parceria com a Kantar IBOPE Media.
Porém, o crescimento de empresas do setor de comunicação digital leva a outro debate, que é em relação à capacidade das universidades em acompanhar a velocidade de atualização de conhecimentos que são indispensáveis no mercado digital.
Por exemplo: o Google tem uma a duas atualizações algorítmicas por dia 😱. Enquanto você está lendo este artigo, o algoritmo do Google pode estar sendo atualizado, e algumas dessas atualizações impactam diretamente em como você vai produzir conteúdo para a internet.
Estar atualizado sobre este assunto é fundamental, pois se você produz conteúdo para a internet, vai querer que ele seja bem indexado e conquiste bons rankings na busca do Google, correto? O seu conteúdo precisa ser encontrável e o Google é uma plataforma fundamental para isso. Assim como seu conhecimento sobre o assunto pode ser fundamental para você conquistar uma boa vaga em uma agência digital.
Para se considerar um profissional atualizado e diferenciado, meu conselho principal é: não seja acomodado, busque novidades, participe de eventos, estude materiais (inclusive em inglês), siga referências do mercado de comunicação, ouça o que eles têm a dizer e procure conquistar bons relacionamentos com profissionais influentes no mercado.
Uma outra dica bem legal é acompanhar canais oficiais de mídias importantes. Praticamente toda plataforma relevante tem um blog oficial com notícias, dicas, tutoriais etc., como, por exemplo, o Blog do Instagram e o Blog do Google Brasil, que são muito bons!
Mas acredito que meu principal conselho seria: tenha uma postura empreendedora.
Visto isso, hoje é mais do que uma necessidade o jornalista tradicional ampliar seu leque de conhecimentos para as técnicas do Jornalismo Digital. O mercado está mudando, a forma como se consome conteúdo está mudando. Aquele princípio básico de diferenciar o papel do emissor e do receptor da informação, com o advento da internet e, principalmente, das redes sociais, mudou completamente. Hoje todo mundo é produtor de conteúdo e divulga notícias.
Os veículos tradicionais perderam a exclusividade de outrora. Isso também impacta em como se produz conteúdo e exige uma reinvenção contínua para jornalistas que pretendem ser atores importantes desse novo cenário. Dependendo da função do jornalista, não é preciso dominar determinados temas, como Growth Hacking, por exemplo, mas ter pelo menos uma boa noção é fundamental.
1. Inteligência Artificial
O primeiro tópico desse artigo não poderia ser outro além da inteligência artificial. Ela está não só mudando, mas revolucionando diversos setores da sociedade, como a área médica, o mercado financeiro, a indústria do varejo, entre inúmeros outros!
No Jornalismo não seria diferente. Com ferramentas de IA você irá revolucionar sua produção de conteúdo. A partir dos critérios e diretrizes especificados, em segundos você terá a seu dispor o que poderia levar horas “na mão”: ideias de pautas, títulos, pesquisas, dados e textos para criar histórias envolventes e impactantes.
Imagina só um conteúdo longo, que poderia te consumir uma energia considerável, ser feito em 1/4 do tempo… Ou um cronograma de posts em redes sociais pro mês inteiro ser finalizado em um dia apenas… Com isso você terá muito menos tarefas operacionais e abrirá mais espaço na agenda para pensar estrategicamente, conquistar novos clientes, estudar, ou até mesmo descansar, por que não? 😁
Já existem inúmeras plataformas de inteligência artificial que podem auxiliar jornalistas e cada uma tem suas particularidades. Recomendo testar as que você achar mais interessantes e avaliar como elas podem ser mais úteis para suas necessidades.
Eu tenho usado muito o ChatGPT, principalmente para me ajudar com copies mais amigáveis, e o Chat do Bing, para me ajudar com pesquisas, levantamento de dados e argumentações mais técnicas.
Vou falar algo óbvio agora, mas que precisa ser dito: a inteligência artificial serve como um apoio tecnológico para sua produção. Em hipótese alguma copie e cole para publicar o conteúdo que os chats gerarem a partir de seu briefing. Você deve usar a máquina a seu favor, e não substituir seu estilo por algo automatizado. Não seja um robô!


2. Google News Iniciative
Em colaboração com editores e jornalistas, a Iniciativa Google Notícias busca combater a desinformação, compartilhar recursos e criar um ecossistema de notícias diverso e inovador.

Além dos tradicionais processos técnicos, criativos e de apuração, para suas publicações on-line alcançarem seu público-alvo e serem facilmente encontradas, é preciso estar atento a fatores como comportamento de navegação, volume e intenção de busca, otimização de sites e artigos, indexação e rankeamento em buscadores, e também análise de dados e métricas de visitação.
Com ferramentas, treinamentos e outros recursos desenvolvidos em parceria com especialistas do setor, acadêmicos e empresas de notícias, além de estudos de casos que apresentam como empresas jornalísticas do mundo todo estão aumentando a cobertura de notícias e os negócios digitais, você irá desenvolver uma visão mais crítica e aprofundada de técnicas importantíssimas para fazer seu projeto decolar! 🚀
3. Meta Journalism Project
Assim como o Google busca se aproximar dos jornalistas, a Meta (dona do Instagram, Facebook e WhatsApp) também tem um programa com o mesmo objetivo. O Meta Journalism Project trabalha com criadores de conteúdo no mundo todo para fortalecer a conexão entre jornalistas e as comunidades em que eles atuam. Outro ponto super importante do MJP é ajudar o setor de notícias a enfrentar os principais desafios de negócios.
Os treinamentos, programas e parcerias funcionam de três maneiras:
- Criar uma comunidade por meio de notícias;
- Treinar salas de redação em todo o mundo;
- Qualidade por meio de parcerias.

4. O Novo Inbound Marketing
Vou te dar um exemplo: vamos supor que você tenha um curso sobre Jornalismo Investigativo, vendido na plataforma Hotmart, e pretende conquistar mais alunos. Uma boa “isca” pra atrair pessoas interessadas no seu conteúdo pode ser a criação de um e-book gratuito sobre o tema. Esse material pode ser disponibilizado em uma página do seu site, com um formulário de cadastro (apenas nome e e-mail) pra poder ser baixado.
Assim que o seu público preenche o formulário e baixa o e-book, ele se torna um lead (cliente em potencial do seu curso), pois seus dados alimentarão uma plataforma de automação de e-mail marketing (como RD Station ou MailChimp) e ele entrará numa régua de relacionamento, recebendo comunicações via e-mail, de forma a desenhar um funil de conversão.
Ou seja, seu e-book atrairá uma quantidade x de leitores, uma porcentagem desses leitores irá engajar com seus conteúdos via e-mail marketing e parte deles irá efetivamente comprar seu curso e se tornar seu cliente. Não é irado? 🤩 A área de Inbound Marketing tem crescido ano a ano e é uma super porta de entrada para jornalistas que têm interesse em trabalhar em agências digitais.
5. Jornalismo de Dados
Dados são muito mais relevantes que opiniões, dependendo do caso. Vou te dar um exemplo: se eu falar que a inteligência artificial aumenta muito a produtividade de profissionais de atendimento ao cliente é uma coisa, tem um peso.
Mas e se eu disser que segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, a equipe de atendimento ao cliente de uma empresa de software listada na Fortune 500 que teve acesso a ferramentas generativas de inteligência artificial se tornou 14% mais produtiva, em média, do que a equipe que não teve esse acesso?
É outra coisa, não é mesmo? Então, em seus conteúdos, procure trabalhar com dados, estatísticas, pesquisas… Assim, você alcançará muitos benefícios, como:
- Precisão e credibilidade: o uso de dados pode aumentar a precisão das reportagens jornalísticas, proporcionando uma base sólida para as informações apresentadas.
- Contextualização: dados permitem que os jornalistas forneçam contexto às histórias. Eles podem ajudar a ilustrar tendências, comparar dados ao longo do tempo e explicar a amplitude e profundidade de uma situação.
- Descoberta de histórias: apresentação de dados tem como revelar padrões, discrepâncias e tendências que podem não ser evidentes de outra forma. Isso ajuda os jornalistas a descobrir novas histórias ou a explorar aspectos menos óbvios de uma situação.
- Transparência: ao analisar dados, os jornalistas podem avaliar ações de organizações, empresas e governos. Isso promove a transparência e a prestação de contas, ajudando a expor irregularidades e corrupção.
- Melhor assimilação das informações: gráficos, infográficos, mapas e outras formas de visualização de dados podem tornar as histórias mais acessíveis e compreensíveis para o público.
Dica: uma boa forma de procurar por pesquisas é utilizando o Google Dataset Search.

6. SEO (Search Engine Optimization)
Antes de mais nada, não tem como falar de SEO sem ter o Google no centro das atenções. O mecanismo de buscas tem mais de 96% de share de mercado no Brasil, segundo dados da SimilarWeb (atualizados em junho/2023). Isso significa que não apenas todo jornalista que produz conteúdo para a internet, mas qualquer profissional de comunicação que tem seu material publicado em portais de notícias, blogs ou afins, precisa ter, no mínimo, bons conhecimentos sobre o funcionamento do Google.

Existem centenas de fatores de rankeamento, mas costumo separá-los em três pilares: tecnologia, conteúdo e referência.
Por tecnologia, é importante termos em mente a experiência de navegação do internauta. Sites precisam ter um carregamento rápido, código de programação limpo, imagens otimizadas, arquitetura da informação bem organizada, ser adaptável a dispositivos mobile, entre outros fatores.
Já no pilar conteúdo (que é o que mais interessa a jornalistas), é preciso sempre pensar em material multimídia, inédito, de qualidade, que seja facilmente compartilhável nas redes sociais e que responda às dúvidas, desejos e necessidades de quem o consome.
O terceiro pilar, referência, é uma espécie de complemento do segundo, pois quando você produz um conteúdo que atende as expectativas da sua audiência, é natural que você conquiste links de referência, seja em sites ou blogs, por exemplo, que citem seu conteúdo em formato de links, fazendo referência ao seu site.
Não consigo enxergar o Jornalismo Digital sem SEO, até porque suas técnicas podem ser usadas de diversas maneiras. Além da definição clássica do que é SEO, devemos levar em consideração o fato de que em praticamente todo ambiente digital em que você publicar uma matéria, uma foto ou um vídeo vai ter uma seção de busca. A seção de pesquisas do Instagram, por exemplo, é uma ferramenta de busca.
Muita gente questionou se o SEO ia morrer ao longo dos anos, devido a atualizações algorítmicas cada vez mais frequentes, mas, na verdade, enquanto houver ferramentas e mecanismos de buscas na internet, o SEO vai existir.

Entre as técnicas mais importantes de SEO para conteúdo, é fundamental trabalhar infográficos, material multimídia (fotos e vídeos) e otimização para uma leitura dinâmica, com o uso de subtítulos para formatar o conteúdo de uma forma mais organizada. A estética amigável do conteúdo é indispensável, já que as pessoas costumam fazer inicialmente uma rápida visualização do texto, como um scanner, e precisamos fazer com o que o internauta possa vir a procurar dentro do texto seja fácil de encontrar.
Fazer linkagem que enriqueça seu conteúdo também é muito importante, por isso relacione seu artigo a páginas complementares dentro do seu site ou blog e a outros veículos também. Por exemplo, se você usou como fonte do seu artigo uma pesquisa, coloque um link quando for citar essa fonte para quem se interessar por ler a pesquisa completa que originou seu conteúdo. Repare, por exemplo, como neste artigo uso esse recurso em diversas oportunidades…
Recomendo a leitura do artigo Como Escrever Textos Ideais para Blogs, que tem várias dicas imperdíveis complementares a estas.
7. Google Trends
Antes de produzir sua matéria, além da apuração, é importante entender como o tema sobre o qual você vai escrever é buscado no Google, analisando volume de buscas no Google Trends.
Que palavras-chave as pessoas estão buscando? Há alguma sazonalidade na intenção de buscas? Monte uma base de palavras-chave. Isso não vai impactar nas informações jornalísticas que você pretende transmitir, vai impactar apenas no estilo de escrita, porque você vai usar determinadas palavras-chave para o seu artigo ser melhor encontrável nos mecanismos de busca como o Google.

Quando você explora uma palavra-chave no Google Trends, terá acesso a dados muito importantes, como o interesse ao longo dos anos, por regiões, assuntos e pesquisas relacionadas. Além disso, pode comparar termos diferentes que vão te ajudar a montar títulos e conteúdos com mais chances de serem encontrados e clicados no Google.
8. Semrush
Uma das plataformas que também utilizo com bastante frequência é a Semrush, que tem como principal diferencial uma tecnologia que oferece informações referentes à análise de competitividade de mercado para planejamento de posicionamento e investimento no Google Ads, a plataforma de anúncios do Google.
A partir desta tecnologia, a Semrush consegue simular quanto seu cliente economiza em investimento no Google Ads com as visitas provenientes da busca orgânica (não paga) do Google, cruzando dados do posicionamento médio de palavras-chave e custo médio por clique, caso ele estivesse dando lances no leilão de anúncios.
Isso certamente fará seus clientes e/ou a empresa na qual você trabalha enxergar muito mais valor no seu trabalho de produção de conteúdo!

Com uma evolução acelerada ao longo dos anos, a Semrush passou a ser uma plataforma de ferramentas, não mais apenas uma ferramenta. É possível utilizá-la para auxiliar em projetos de Marketing, SEO, Marketing de Conteúdo, Pesquisa de mercado, Publicidade e Redes Sociais.
Em breve farei um artigo específico sobre o tema, destrinchando suas funcionalidades mais importantes para jornalistas digitais.
9. Artigos no LinkedIn
Se você quer exercitar sua escrita e alcançar um novo público, mas não pretende investir na criação de um site ou blog, uma boa plataforma é a seção de Artigos no LinkedIn. Com uso super amigável e intuitivo, suas publicações serão exibidas na seção Atividade do seu perfil e compartilhadas nos feeds das suas conexões e seguidores.

10. SMO (Social Media Optimization)
Isso pode ser feito, por exemplo, otimizando de forma bem completa o preenchimento de informações da bio de redes sociais como Twitter, Instagram, Company Page do LinkedIn etc., com um padrão assertivo que leve em consideração a encontrabilidade, de modo que elas apareçam na busca não paga do Google quando internautas procuram diretamente por figuras públicas como atores, políticos, médicos etc., além de empresas.
Há uma série de possibilidades de otimizações em cada site de redes sociais, mas uma que costuma fazer bastante diferença é trabalhar hashtags que o seu público procura, usa e interage, para ter mais alcance nos posts do TikTok, por exemplo.
Mas o mais importante quando se estuda sobre SMO é entender os algoritmos por trás das redes sociais. Cada plataforma tem o seu e a fórmula mais conhecida é o EdgeRank, do Facebook. Veja no gráfico abaixo como ele funciona:

11. TikTok
TikTok não é mais só dancinha! 😂
A plataforma tem evoluído significativamente desde seu lançamento, quando era utilizada principalmente pela Geração Z para vídeos curtos de danças e desafios. Atualmente com 82,2 milhões de usuários ativos acima de 18 anos no Brasil, é impossível que seu público não esteja lá também.
Inclusive, a rede social queridinha do momento está mudando o comportamento de forma de pesquisas na internet, que pode impactar diretamente no mercado de mecanismos de buscas. Segundo a pesquisa Campus Media To the Future, mais da metade da Geração Z já escolhe o TikTok em vez do Google como seu mecanismo de busca preferido.

Por essas e outras, o TikTok já é considerado uma plataforma mais madura (mesmo que ainda jovem) por diversas razões, entre elas:
- Diversidade de conteúdo: embora as danças e desafios ainda sejam populares, o TikTok agora abriga uma ampla variedade de conteúdos. Os usuários também produzem e compartilham vídeos educativos, informativos, de comédia, artísticos etc.
- Criadores de conteúdo profissionais: muitos criadores de conteúdo no TikTok são especialistas em suas áreas, incluindo profissionais de saúde, cientistas, professores e artistas. Isso resulta em conteúdo mais qualificado.
- Iniciativas educacionais: o TikTok lançou iniciativas inovadoras para a educação, promovendo a criação e divulgação de conteúdo educativo. Essas iniciativas incluem parcerias com especialistas e organizações para garantir a precisão e relevância do conteúdo.
- Ativismo e conscientização: muitos usuários aproveitam a plataforma para espalhar mensagens de conscientização sobre questões sociais, ambientais e políticas. O TikTok tem sido palco para movimentos sociais e campanhas de conscientização.
Por falar nisso, já estamos por lá! Clica aqui pra seguir o Manual do Jornalista Digital no TikTok e dar aquela moral, pode ser? 😉
12. Podcasts
Os podcasts têm crescido muito em popularidade nos últimos anos. Eles são uma maneira conveniente para os usuários consumirem conteúdo de áudio sob demanda, em qualquer lugar e a qualquer hora. Para os jornalistas, os podcasts podem ser uma ferramenta valiosa para produzir e divulgar conteúdo.
Eles podem ser usados para difundir informações relevantes, compartilhar conhecimentos de especialistas, educar a população ou uma audiência específica, fomentar debates e aprimorar os conhecimentos sobre um tema.
Além disso, os podcasts permitem que os jornalistas alcancem novos públicos e monetizem seu conteúdo de maneiras que não são possíveis com outras formas de mídia.
13. YouTube Shorts
O YouTube Shorts é uma plataforma de vídeos de curta duração que permite aos usuários criar e compartilhar conteúdo em formato vertical. Seu modelo lembra bastante os do Snapchat, Reels e TikTok (algo comum na concorrência entre gigantes da tecnologia) e a duração máxima permitida é de até 60 segundos.
Embora o Shorts seja uma ferramenta relativamente nova, ela já se tornou popular para criadores e marcas que desejam alcançar novos públicos e monetizar seu conteúdo. Como estratégia complementar à de podcasts, é bem eficaz gravar seus programas em vídeo, além de somente áudio, e cortar pílulas de entrevistas, por exemplo, para publicá-las como conteúdos curtos, ampliando o alcance e diversificando a distribuição do seu material.
Uma dica para quem quer se aprofundar em produção de conteúdo para o YouTube é se inscrever no canal oficial YouTube Criadores.

14. Grupos de Conteúdo
Os grupos de conteúdo no WhatsApp e no Telegram são importantes em projetos de comunicação por vários motivos. Primeiro, eles permitem que os membros do grupo compartilhem informações, ideias e feedback em tempo real, o que pode ajudar a melhorar a colaboração e a eficiência do projeto.
Além disso, os grupos de conteúdo podem ser usados para compartilhar notícias, atualizações e outros materiais relevantes, o que pode ajudar a manter todos informados e engajados. Também é possível criar uma comunidade (por que eu lembrei do finado Orkut? 😂), fazendo seu projeto ganhar uma maior amplitude.
Ou seja, você pode ter a seu dispor:
- Engajamento e senso de comunidade
- Difusão rápida de informações
- Feedback instantâneo
- Interação direta com o público
- Networking e colaborações
- Anúncios e promoções direcionadas
- Facilidade de distribuição de conteúdo
15. Perfil Empreendedor
O empreendedorismo está cada vez mais na moda e pelo visto veio para ficar. Basicamente, existem dois tipos de postura profissional quando se fala nesse assunto. Ou você empreende abrindo seu próprio negócio, ou você desenvolve um perfil empreendedor para alcançar seus objetivos de reconhecimento profissional e crescimento dentro da empresa na qual você trabalha e/ou no mercado em que atua.
Quero deixar claro esse ponto: ter um perfil empreendedor não quer dizer que você precisa abrir uma empresa. Você precisa ter esse perfil caso deseje se destacar no seu trabalho, crescer e ser promovido. Vivemos uma época do Jornalismo de Startups. Dificilmente seu emprego será num grande veículo de comunicação.
Recomendo a leitura do artigo Empreendedorismo digital: O perfil do novo jornalista para mais informações.

O desafio de empreender é muito difícil! Muita gente acha que quando se tem sua própria empresa, você vai trabalhar menos, já que tem uma equipe à sua disposição, mas há uma ilusão de que é um trabalho mais fácil do que ter um emprego formal. Na verdade é muito, mas muito mais difícil.
Mesmo que você se planeje muito bem, nunca vai saber quanto vai ganhar no mês seguinte. Você estará exposto a fatores externos imprevisíveis, não apenas à concorrência, estará suscetível a crises financeiras e/ou de gestão, entre diversos outros aspectos. Isso te levará a um grande desafio, de ter que tomar decisões complexas com bastante frequência.
Obs.: quero deixar claro que isso não faz a experiência ser menos positiva. Ter minha empresa foi a realização de um dos meus maiores objetivos de vida.
Em relação a clientes e prospecções, muitas empresas (me arrisco a dizer que a maioria) têm gestões com aquele pensamento completamente errado de que na crise se corta marketing, comunicação, publicidade… e isso leva a uma desvalorização de serviços do setor. Lembra da fábula da cigarra e da formiga? É preciso sempre estar preparado para o inverno. Se você se interessa por este tema, recomendo a leitura de um artigo que escrevi para a revista Business Review Brasil, de título Investir ou não investir em marketing durante a crise econômica?.
Para quem busca reconhecimento profissional e crescimento dentro da empresa na qual trabalha, há alguns desafios técnicos e comportamentais muito importantes.
No caso específico do Jornalismo, nossa profissão passa por profundas mudanças há algum tempo. O desenvolvimento tecnológico levou à necessidade de domínio de uma série de ferramentas, técnicas e estratégias que ainda não se ensinam na universidade.
Não adianta escrever um artigo, por exemplo, que vai ser publicado no ambiente on-line, sem pensar em conteúdo multimídia; não basta dominar as técnicas de apuração e redação, é preciso saber se o seu conteúdo foi bem indexado na busca do Google, se rendeu tráfego qualificado e, dependendo do objetivo do conteúdo, se rendeu conversões. Portanto, há uma série de fatores que estão transformando o Jornalismo, cada vez mais, e precisamos estar atualizados!
Falando especificamente da questão comportamental, procure se destacar como um profissional proativo, que seja uma referência para a empresa na qual você atua. Destaque-se! Mostre que você é muito importante não somente pela qualidade do seu trabalho, mas principalmente pela sua dedicação e comprometimento.
Pelo que converso com amigos empreendedores e percebo no mercado, a maioria dos profissionais têm uma visão míope de que precisam ser reconhecidos e/ou promovidos para se dedicar mais, mas na verdade o gestor prioriza a promoção de quem já apresenta um diferencial a mais, de quem realmente veste a camisa.
Óbvio que você não precisa ser bajulador para crescer profissionalmente dentro de uma empresa (muito pelo contrário!), mas é fundamental ter um bom relacionamento com seus gestores, o mais próximo possível. Claro que isso nem sempre é fácil de conseguir, mas há oportunidades que podem ser aproveitadas em gestões que trabalham com modelos de hierarquia horizontal.
Isso serve não apenas para contribuir com um ambiente saudável no dia a dia de trabalho, mas também para conhecer mais profundamente a filosofia gerencial e visão da empresa na qual você atua, além de facilitar que você seja notado como alguém que demonstra interesse por se aprofundar no trabalho e nas relações interpessoais.
Outro ponto muito importante é ter em mente que gestores e donos de empresas se falam. O mercado se conhece! É natural que haja discordância ou diferentes pontos de vista em qualquer tipo de relação. Recomendo sempre que quando isso acontecer, procure abrir um canal de diálogo para dirimir eventuais conflitos. Às vezes são questões que parecem ser complexas, mas que com uma conversa podem se mostrar simples de resolver. Lembre-se: o que não é resolvido pode virar bola de neve…
E, se for o caso de se desligar da empresa, deixe as portas abertas. Saia de uma maneira elegante, profissional. Deixe sempre boas impressões, pois assim você só terá boas recomendações quando um novo empregador em potencial resolver entrar em contato com as empresas anteriores do seu currículo, bem como você será lembrado em futuras oportunidades e/ou pedidos de indicação. Deixar uma boa imagem por onde você passa pode ser fundamental para o seu futuro profissional. 🚀
Conclusão
É preciso, definitivamente, ver o Jornalismo não como uma disciplina isolada do mix de comunicação. Reforço que não existe mais Jornalismo sem Marketing, Publicidade, Relações Públicas, Assessoria de Imprensa etc. Toda empresa que se preocupa com sua imagem, ou que quer usar a comunicação como forma de render negócios, precisa ter uma equipe qualificada com capacidade de desenvolver tudo que envolve o marketing de conteúdo, mesmo em veículos de comunicação tradicionais.
O jornalista que quer se destacar no mercado de trabalho precisa ter essa noção de Perfil Empreendedor e atuar de forma cada vez mais moderna, se atualizando e se reinventando a cada dia.
Por enquanto, é isso! Espero que você tenha gostado do artigo! Se gostou, utilize os botões de compartilhamento nas redes sociais para indicar aos seus contatos e amigos!
E aí, você já conhecia todas essas tendências? Adoraria saber sua opinião sobre elas e, caso já tenha contato com alguma no seu dia a dia de estudo e trabalho, o relato de sua experiência seria muito importante de ser compartilhado. Fique à vontade para usar o espaço de comentários, logo abaixo. E se tiver alguma tendência a acrescentar, fique à vontade!
Caso tenha alguma dúvida, não deixe de entrar em contato. Um abraço e até a próxima!